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Arquitetos: Estudio Valdés +
- Área: 192 m²
- Ano: 2015
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Fabricantes: Nuprotec
Descrição enviada pela equipe de projeto. O galpão como proposta de reciclagem, é parte do material de construção resgatado por três amigos ao comprarem um antigo celeiro na Laguna de Acuelo, que ficou danificado após o terremoto de fevereiro de 2010. Esta repartição deu origem a três projetos diferentes, uma cobertura de palha para uma casa em Santiago, uma varanda para um hotel no Valle de Colchagua e o galpão do Lago Ranco, habilitado para casa de veraneio.
O objetivo principal era reutilizar, do antigo celeiro, as portas e a estrutura do teto de madeira, as treliças e revestimentos interiores, e, além disso, combina-lo com madeira da região para os pilares e revestimentos exteriores.
A estrutura consiste, a partir disso, de uma somatória de treliças recicladas, que apoiam-se sobre uma sequência de pilares perimetrais, a cada três metros, dando origem a um volume simples e limpo, um pavilhão único de planta retangular e isenta de pilares.
O programa da casa de veraneio guarda-se na simplicidade do volume e privilegia os recintos costumes na varanda, sala de estar e copa na nave principal, e os dormitórios, banheiros, cozinha e área de serviço agrupam-se para arrematar em uma de suas esquinas formando um "L".
A materialidade também acompanha a função dos recintos, deixando a área comum totalmente transparente, com a estrutura de treliças e pilares a vista, e, entre estes, vidros. Enquanto os dormitórios e a área de serviço ficam resguardados abaixo da cobertura do galpão, em recintos opacos de divisória, revestidos com tábuas de madeira de álamo reciclada, de diferentes tonalidades nas paredes e céu.
Como resultado, o galpão estrategicamente situado sobre uma planície natural no meio do bosque, se vê como uma grande cobertura apoiada sutilmente sobre uma seqüência de pilares, que através de sua transparência, de dia deixam entrever o outro lado do bosque, dando ao espaço interior, uma condição de exterior, e, de noite, com a iluminação interior, reconhece-lo como uma grande caixa de luz.